"Três anos depois da Independência do Brasil, Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca, o Frei Caneca, carmelita de origem humilde, tombava frente a um pelotão de fuzilamento em Pernambuco. Seu martírio aconteceu por ter liderado um movimento: a "Confederação do Equador". Visava proclamar a República e impedir a entrada de escravos no porto do Recife, o que desagradou os donos dos engenhos. Foi uma revolta social, de pobres e negros, e assustou a aristocracia da nova nação. Por isso, foi duramente reprimida, inclusive por mercenários ingleses contratados pelo Imperador D. Pedro I. Frei Caneca, pregador da justiça social e jornalista, foi condenado à forca, mas acabou fuzilado em 13 de janeiro de 1825, porque ninguém quis ser seu carrasco.
Chico Alencar
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