PAULO HENRIQUE AMORIM: "NEGRO DE ALMA BRANCA É O NEGRO QUE NÃO OLHA PARA TRÁS".

O jornalista Paulo Henrique Amorim (TV Record) faz uma ampla defesa em seu site sobre a acusação de racismo movida contra ele por seu colega de profissão, Heraldo Pereira (TV Globo), que o chamou "negro de alma branca", o  que condenou PHA a pagar multa de R$ 30 mil e se retratar, além de  ter que publicar um artigo em um grande jornal de São Paulo e outro de Brasília no prazo de 20 dias, dizendo que não teve a intenção de ofender Heraldo Pereira. No texto postado em seu site, Paulo Henrique Amorim afirma que "Em 51 anos de carreira,como repórter, redator, editorialista, âncora ou editor jamais suspeitaram, insinuaram ou me acusaram de racismo  ou sequer de preconceito contra negros, judeus, índios, palestinos, nordestinos, homossexuais, trans-sexuais, qualquer minoria ou segmento social. Ao contrário, os autos demonstram que sou um defensor das políticas que impedem e combatem o racismo e o preconceito". Ele agradece ao senador Paulo Paim (PT-RS), deputado Edson Santos (PT-RJ) e a Jean Wllys (Psol-RJ), que testemunharam em seu favor, na justiça em Brasília e continua: "esse mesmo site da internet acusado de ser um instrumento de racismo, esse mesmo "Conversa Afiada, divulgou dezenas de textos contra o racismo e o preconceito. Não há uma frase, um ato, uma palavra, um gesto, em 51 anos na vitrine da imprensa que possa ou que jamais tenha sido associado ao racismo. Sobre a expressão "negro de alma branca", que parece sintetizar a acusação, essa sim, infamante, quero ponderar.  O significado da expressão não é unívoco. Ela (a expressão) se associa, por exemplo, a Zumbi dos Palmares, um herói da resistência dos negros que não se submetem a opressão. Um dos significados correntes e usuais é para descrever o negro que não se defende do racismo e dos racistas. É a acepção a que recorri: negro de alma branca é o negro que não olha para trás, para a chaga da escravidão ou conhecimento de culpa como diria Joaquim Nabuco: "Não basta acabar com a escravidão, é preciso destruir sua obra, a obra dos cárceres brasileiros, das cracolândias. Negro de alma branca pode ser aquele que não assume a sua própria condição de negro para combater o racismo e o preconceito, contra ele, contra a mãe, o pai, os irmãos. É o negro que olha para o outro lado, que finge que não vê, acha que não é com ele. Se Barack Obama ou Pelé fossem à justiça toda vez que os chamam de negros de alma branca, o sistema judiciário brasileiro e americano não fariam outra coisa.
A Globo - Paulo Henrique critica a TV Globo e profissionais que lá trabalham por sua linha ideológica: "A Globo mente em rede nacional e desmente em rede local" Sobre o ministro Gilmar Mendes, diz: Ele quer se vingar de mim através de três processos na justiça. Ele perdeu o primeiro porque o Ministério Público
me defendeu e dois que restam na cível certamente a justiça prevalecerá Retratação - "Retratação não é reconhecimento de culpa. Não houve julgamento, logo não houve condenação. O termo reconciliação foi assinado por Paulo Henrique Amorim e Heraldo Pereira de Carvalho. Heraldo Pereira de Carvalho concorda que a expressão "negro de alma branca" não foi usada com sentido de ofender, nem teve conotação racista", conclui o jornalista no texto do acordo assinado em Brasília dia 15 deste mês.

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