Com
a Ascensão Jesus termina o seu itinerário terreno e dá início à sua
condição gloriosa à direita do Pai, onde a sua obra de salvação é
reconhecida, o seu sacrifício é acolhido, a sua oração se torna
interceção universal, a sua presença se torna eficaz em todo e
qualquer espaço e o seu poder se difunde em todas as situações, “no céu e
na terra”, como narra São Mateus. Pode-se ter a impressão de que Jesus
se afasta, de que os apostólos já não o voltarão a ver. Na realidade, a
Ascenção O torna mais próximo e no meio deles, e eles passarão a
senti-lo próximo e já não no seio dos limitados e privilegiados confins
dos seus breves dias e lugares: a humanidade gloriosa do Senhor passa a
estar contemporâneamente por todo o lado e em cada um; uma
contemporaneidade que ultrapassa qualquer tipo de objeção e de
resistência. Com sugestiva expressão São Bernardo dizia: ascendendo ao
céu, “Jesus deixou em nós a semente da confiança e da espera, criou a
esperança nos crentes” .
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