VEJAM COMO A CIÊNCIA ESTÁ VENCENDO A BATALHA CONTRA A DENGUE

Enfim, a ciência começa a mostrar o caminho seguro na batalha contra o inimigo que há décadas atormenta a saúde pública, fazendo inúmeras vítimas fatais em todo o Brasil e vários países. O sacrifício de todos na tumultuada campanha contra a dengue só será totalmente desaparecido com a deflagração do combate final contra o temível mosquito Aedes aegypti, um perigo quase invisível que não respeita hora nem dia para atacar pessoas e animais.

Finalmente, após tantos anos de pesquisas, os cientistas da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) conseguiram produzir um mosquito que não transmite a dengue. Um "Aedes" com bactéria que impedem o vírus de se multiplicar foi liberado hoje (24.09) na natureza. O primeiro teste ocorre na localidade de Tubiacanga, zona rural do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira. Os pesquisadores da Fiocruz puseram na natureza mosquitos Aedes aegypti que não transmitem o vírus da dengue. É a primeira vez que essa estratégia é testada no continente americano. Essas mesmas pesquisas estão em andamento na Austrália, Vietnã e na Indonésia, também.
Os ovos do mosquito foram contaminados.com a bactéria Wolbachia, encontrada em 60% dos insetos como as Drosófilas (pequenas moscas) e os pernilongos. Essa bactéria atua como uma espécie de vacina para o Aedes aegypti - ela impede que o vírus da dengue multiplique no organismo do mosquito e transmita a doença.
"Estamos diante de uma estratégia científica inspiradora e segura, que poderá contribuir para o controle da dengue e para melhorar a saúde da população", afirmou o pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, líder do projeto no Brasil. Ele integra a equipe de cientistas que fez a descoberta na Austrália. Cerca de 10  mil insetos serão liberados  semanalmente em Tubiacanga, por até quatro meses. Depois da Ilha do Governador, os bairros da Urca e Vila Valqueire, no Rio e de Jurujuba, em Niterói, receberão os mosquitos. Estudo de larga escala serão feitos para avaliar os efeitos da estratégia. Os estudos estarão prontos a partir de 2016", confirmou o cientista.
                          

O ESTADÃO
             

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