O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, promoveu a recuperação das imagens do Fundo Bertha Lutz, que faziam parte do acervo da seção de Memórias e Arquivo do museu e foram perdidas no incêndio de 2018.
Bertha Maria Júlia - Bertha Lutz, nasceu em São Paulo em 2 de agosto de 1894 e morreu em 15 de setembro de 1976. Foi ativista, feminista, bióloga e cientista brasileira. Era filha do cientista, Adolfo Lutz, sanitarista pioneiro da medicina tropical e de Amy Fowler, enfermeira inglesa, especializada em ciência biológica, trabalhou como pesquisadora durante mais de 40 anos no Museu Nacional.
Bertha Lutz integrou a delegação brasileira que participou da Conferência de São Francisco, Estados Unidos, em 1945, no fim da II Guerra Mundal, onde lutou em defesa de menções sobre igualdade de gênero no texto da Carta das Nações Unidas. Apesar de quatro mulheres terem assinado a carta, apenas Bertha Lutz e a delegada da República Dominicana, Minerva Bernardino, defenderam os direitos femininos.
As imagens do Fundo Bertha Lutz integram o novo acervo digital do Museu Nacional, graças à produção do documentário, "Berta Lutz - A Mulher na Carta da ONU", da HBO (Rede de TV) Latin America Originals, que cedeu as imagens da vida de Bertha a partir do olhar das cientistas Fátima Sator e Ense Lunr Dietrichson, que tiveram contatos com as pesquisas de Berta Lutz na Universidade de Londres.As duas cientistas revisaram a memória da ativista em documentos, cartas e também nos lugares em que Bertha viveu.
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, disse que a doação é mais uma das iniciativas para recomposição no acervo do museu.. "Particularmente, são documentos em imagens que podem ser digitalizados e assim eternizados e distribuidos com facilidade", afirmou Kellner..
Segundo a diretora adjunta de coleções do Museu Nacional, Cristina Serejo, Bertha Lutz foi uma pessoa icônica para a história brasileira. Teve destaque na ciência, com formação em biologia e em premiar o legado do pai.
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