"A ESCRITURA NÃO NOS FALA sobre a vida de Maria depois de Pentecostes, mas as lendas são numerosas. Diz-se que mesmo São Pedro a consultou sobre pontos de doutrina e que o Credo dos Apóstolos foi escrito sob sua inspiração. É quase certo que São Lucas recorreu a ela para obter a informação que usou em seu Evangelho sobre a Sagrada Família. Os padres da Igreja Oriental ensinam que Maria instruiu também seu sobrinho, São Tiago, que se tornou bispo de Jerusalém. Dionísio, o Areopagita, recebeu de Maria a missão de pregar aos gauleses e Santo Inácio de Antioquia, um discípulo de São João Evangelista, foi um ardente defensor da doutrina da divina maternidade.
A morte de Nossa Senhora foi suave, chamada de “dormição”. Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e
aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a “dormição” de Nossa
Senhora, entre os quais se sobressai São Dionísio Aeropagita, discípulo
de São Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração
desse fato. São João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental,
refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de
sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as
últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da
relíquia sagrada de seu corpo. São Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora, quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o
mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos
Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas
no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
A crença mais comum é que Maria viveu com São João em Jerusalém e que morreu pouco tempo antes de sua saída para a missão em Éfeso, possivelmente no ano 48 ou 49, o que no faz pensar que Maria tinha 70 anos quando faleceu. Desconhecemos o mês e o dia. Contudo, no século sexto, um decreto de Maurício, imperador oriental, consagrou o dia 15 DE AGOSTO à memória da morte e Assunção de Maria.
A crença tradicional é que Maria morreu sem experimentar dor e foi levada ao céu em corpo e alma sem sofrer corrupção alguma. A Assunção de Maria, sustentada pela tradição, teologia, liturgia e Escritura, foi definida como dogma (ponto fundamental e indiscutível de doutrina religiosa) pelo Papa Pio XII, em 1950. "Definimos seu dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus cumpriu o curso de sua vida terrestre, ascendendo em corpo e alma à glória celestial", citou o Papa no documento divulgado.
Fonte: Bíblia Sagrada - edição Barsa
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