Excesso de roubos e abusos na prática da violência, com número cada vez maior de bandidos em ação, estão deixando o comércio e população de Arapiraca numa "sinuca de bico", de mãos e braços atados sem saber como se defender. A segunda maior cidade de Alagoas (135 Km de Maceió, 220 mil habitantes) atravessa uma fase dramática de intranquilidade em sua história. É que nos frequentes episódios de violência nos roubos a mão armada a cidadãos e mães de família, assim como assaltos a estabelecimentos comerciais e residências, a bandidagem usa e abusa do cinismo nos ataques às suas vitimas. Apesar das rondas diárias na cidade e interior do município, por policiais civis e militares, os criminosos se julgam imbatíveis. Eles escapam da cadeia, na maioria das vezes, pela ausência de mais policiamento na cidade e região. Esse fato leva-os a zombar da segurança pública e da incapacidade de reação da população violentada.
Nos bairros e centro de Arapiraca, são poucas as farmácias e postos de combustíveis que não sofreram as consequências da violência de bandidos. Grande número de lojas e vários empresários de diversos ramos já enfrentaram a dura realidade ao terem pela frente marginais de alta periculosidade, munidos de armas pesadas que, além de grandes roubos cometidos, ainda ameaçam das vítimas cinicamente e desafiam o policiamento.
Vanessa, mais uma nas estatísticas de assaltos em Arapiraca |
No bairro Eldorado, dez minutos de carro para o centro a cidade.é muito difícil encontrar uma farmácia ou posto de gasolina que não tenha sido assaltado no mínimo duas vezes, como afirma a principal atendente da Farmácia do Trabalhador, ao longo da Rua Expedicionários Brasileiros, Vanessa de Oliveira (22 anos). Ela confirmou que já foi assaltada três vezes à noite, há pouco tempo, por duplas de ladrões que chegam por volta das 19 horas em seu estabelecimento, de armas em punho, anunciando assaltos e pedindo rapidamente dinheiro, computador e outros valores. De acordo com a atendente, os ladrões nunca usaram de violência contra ela, porque também nunca reagiu aos assaltantes. "Durante os assaltos não entrei em pânico, nem me apavorei", disse, dando a entender que já sabe se comportar para se manter de cabeça fria diante dos ladrões.
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