Ciência e religião, fé e razão, sempre tiveram uma relação conflituosa ao longo da história ocidental. Sempre que uma era hegemônica, esta negava a outra. Felizmente esta postura de exclusão recíproca está mudando. Francis Collins, cientista do Projeto Genoma Humano, assume a postura de que a ciência é a única forma confiável para entender o mundo da natureza, no entanto esta é incapaz de responder a questões como: Por que o universo existe? Qual o sentido da existência humana? O que acontece após a morte? E uma das necessidades mais profundas da humanidade é encontrar respostas para estas questões. Temos que valorizar todo o poder de ambas as perspectivas, a ciência e a religiosa, para buscar a compreensão do mundo de quem somos afinal!
Leo Pessini, Camiliano
A CORTE DAS CORTESIAS
A chegada de dom João ao Rio |
Há 210 anos, em 22 de janeiro de 1808, aconteceu um "segundo descobrimento" do Brasil. Aportou em Salvador (BA), fugindo das guerras napoleônicas, a esquadra que trazia nada menos que 15 mil fidalgos da Corte Portuguesa. Escoltada pela Inglaterra, a "senhora dos mares" e tendo D. João à frente, os nobres logo se estabeleceram na capital da Colônia, o Rio de Janeiro. D. João ganhou de um traficante de escravos uma bela mansão na Quinta da Boa Vista. E no seu curto reinado brasileiro (ficou aqui até 1821) distribuiu mais títulos de nobreza do que em toda a história da monarquia portuguesa. O historiador Pedro Calmon (1902-1985) dizia que "para ganhar título de nobreza em Portugal eram necessários 500 anos, mas no Brasil bastavam 500 contos".
Chico Alencar, autor de
"Um Guia para a Redescoberta do Brasil",
Ed. Vozes/RJ
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