DESEMBARGADOR RECEBEU EM UM SÓ MÊS R$ 723 MIL


A notícia que mais chamou a atenção da mídia, no dia de ontem, quarta-feira (25), divulgada pela internet, se relaciona ao "pagamento do salário de R$ 723 mil pago ao desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, em um só mês, em novembro de 2008. Na época presidente do Tribunal  de Justiça de São Paulo, ele recebeu R$ 723.474,93 entre salário e desembolsos extraordinários relativos a férias e licenças-prêmios. O salário foi de R$ 373.598,17. Por atrasados, ele recebeu também R$ 349.876,74, acrescidos do Fator de Atualização Monetária (FAM) que incide sobre vantagens concedidas à toga.
Os dados  constam de planilha confidencial expedida pela diretoria da Folha de Pagamento da Magistratura (FPM). O desembargador presidiu a maior
corte do país entre 2008 e 2009. Em 2008, o então presidente do TJ ganhou R$ 585.446,16 - afora vencimentos que alcançaram R$ 803.300,56. As duas fontes de receita, que garantiram R$ 1.388.746,72 ao desembargador, tiveram amparo em "várias ordens", segundo o histórico dos seus  pagamentos". Para uma economia que se arrasta aos trancos, com seu povo morrendo de fome e brigando para receber misérias do poder público, sem dúvida o salário do desembargador é muito além das condições do país. Aliás, há inúmeras nações do primeiro mundo que não pagam salários tão altos às suas autoridades, como se faz no Brasil.É uma  questão de consciência da autoridade.Há algum tempo, um desembargador disse a mim: "Você reclama porque merece ter um salário de fome. Eu ganho bem porque tenho os direitos da lei. Seja desembargador como eu para ganhar muito".
Este é o Brasil.

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