SOFRIMENTO DOS APOSENTADOS DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARAPIRACA - 12 ANOS SEM AUMENTO - ESTÁ LONGE DO FIM

Josivaldo Rodrigues

 

Os aposentados do Poder Legislativo de Arapiraca devem continuar sofrendo  enquanto não conseguem solução para  receber os atrasados de 12 anos, que brigam para obter através do Fundo de Previdência dos Servidores do Município- Fundep. Os ex-servidores da Câmara, que se afastaram a partir de 2001, após 30 anos (mulheres) e 35 (homens) de serviço, não conseguem reajuste salarial até o presente momento e perderam todas as vantagens que a lei lhes confere com a aposentadoria. De acordo com rumores que circulam entre os funcionários ativos, o assunto agora está ligado diretamente à prefeitura, como gestor do fundo dos servidores (Fundep) e ainda são poucas as informações que tem sobre data de solução do problema.
Enquanto isso, homens e mulheres com várias doenças, inclusive diabetes, tuberculose, com idades avançadas acima de 65 anos
quase todo dia sofrem para chegar à sede da municipalidade em busca e informações sobre a data do pagamento, já que a migalha que recebem, a maioria em torno de R$ 670, não dá para cobrir as despesas de casa, inclusive taxas de água e luz, além do alimento e remédios que têm de comprar para sobreviver. A única informação, de fonte extra-oficial, revela que um procurador do Ministério Público estadual, residente em Maceió, de nome  não divulgado, está trabalhando para solucionar o caso e deverá preparar a documentação do pessoal, por grupos de cinco servidores por vez, para começar a atender, mas não há data definida para isso devido ao volume de serviço e a quantidade de gente incluída na lista dos aposentados.
Os idosos, dentre os quais mulheres doentes do coração, usando marca-passo, não têm qualquer apoio do município, no  caso
e até os políticos desapareceram da frente dos necessitados, quando pelo menos agora, eles deveriam marcar presença para minorar o sofrimento da categoria, inclusive porque os vereadores e gestores do fundo, na prefeitura, são apontados como responsáveis pelo drama que atinge o pessoal, segundo os ex-servidores.
Os ex da Câmara de Vereadores querem equiparar seus vencimentos aos dos servidores da ativa, ou seja, 100% do Plano de
Carreira, PCC, vantagens da aposentadoria e reajuste de 2O%, conforme determina a legislação trabalhista, que salienta no Estatuto do Idoso, Artigo 29, Capítulo VII: "Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-mínimo, de acordo com as suas respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, observados os critérios estabelecidos pela lei nº 8.213, de 24 julho de 1991".
     
Motivos Políticos

                       
O presidente da Associação dos Servidores da Câmara - Ascama, Josivaldo Rodrigues (48), voltando a falar sobre o assunto, reafirmou que "O problema dos aposentados deve ser resolvido (sem data prevista). Por motivos políticos, o presidente do legislativo, Adalberto Saturnino, confirma que o problema não é dele, mas esquece que os aposentados pertencem à Câmara
Municipal, embora hoje lotados no Fundep, que tem recursos descontados pela própria casa  e  que toda a responsabilidade é dele, como presidente do legislativo e gestor. “Não adianta ele passar a culpa para outras pessoas e não resolver o caso, já que
ele faz parte da base do poder executivo municipal. na verdade, ele nunca se interessou em resolver os problemas dos seus funcionários, mas sempre resolve os dele.
Ele (o presidente) deve se lembrar que um dia  também será aposentado e pode passar pela mesma situação em que se
encontram os aposentados atuais da Câmara. É preciso também que ele, como gestor, informe quanto existe em depósito do fundep para que as pessoas conheçam a real situação dos nossos reajustes salariais", afirmou Josivaldo .

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