PREÇOS DA MANDIOCA E SEUS DERIVADOS DISPARAM NA REGIÃO DE ARAPIRACA



Além de provocar calamidades no semiárido, a estiagem também criou outro problema para a população com os aumentos galopantes nos custos da mandioca e seus derivados. Pela primeira vez na história, o valor de tonelada de raiz chegou a R$ 900,00, elevando também o preço da farinha para R$ 9,00 o quilo, que há algum tempo era comercializado a R$ 1,00. Já a maniva (pé da mandioca), que não tinha valor e era usado apenas para alimentação bovina, agora é vendido a R$ 300,00 (custo pelo carregamento de uma carga em caminhão). Os plantios de mandioca estão desaparecendo por conta da seca. Os poucos agricultores que conservam pequenos plantios se recusam a negociar para não saírem no prejuízo, caso tenham necessidade de utilizar o produto na alimentação de rebanhos próprios.
Enquanto se tornou dramática a procura da mandioca e seus sub-produtos, para alimentação de animais, os lavradores se surpreenderam com a alta dos preços porque consideram que o problema se deve ao sumiço da lavoura em praticamente todo o nordeste. Por outro lado, a macaxeira irrigada e plantada há mais um menos um ano, começa a aparecer nas feiras a preço exorbitante: R$ 4,00. Esse produto de consumo humano nas refeições diárias, do nordestino, nunca custou mais de R$ 1,00/kg.
No inverno chega a ser comercializado a R$ 0,50, por causa do excesso de produção. A farinha de mandioca da melhor qualidade, segundo os agricultores, não sai por menos de R$ 9,00 o quilo, mas o produto tipo inferior, como a farinha azeda, por exemplo, está nas prateleiras dos supermercados por R$ 4,99/ kg. Com a supervalorização da lavoura, a agricultura está em alta no comércio da região e na opinião dos comerciantes que preferem o anonimato, a única saída para diminuir a corrida dos preços é o governo abastecer o comércio através da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). "É a única forma de frear a disparada dos preços", advertem.

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