AUMENTOS NOS PREÇOS DOS ALIMENTOS DA SEMANA SANTA ESPANTAM CONSUMIDORES

Os preços dos alimentos que compõem o almoço da semana santa estão salgados, isto porque quem esperava a queda anunciada pelo governo na desoneração dos produtos da cesta básica se decepcionou. Na região do agreste de Alagoas, a população de baixa renda, em sua maioria composta por pessoas que vivem com um salário mínimo mensal, está impossibilitada de ter acesso a alimentos mais saudáveis e de melhor qualidade por conta dos aumentos nos preços registrados nos últimos dias de várias mercadorias, principalmente o peixe, que é a base nutricional da refeição da época. Os reajustes atingiram a comida do pobre a começar pelo feijão e a farinha de mandioca, O conhecido feijão "vagem roxa" , produzido na região de Arapiraca, subiu nas últimas semanas de R$ 4,00 para R$ 7,00 o quilo. A farinha de mandioca aumentou 150% e custa R$ 5,00 nos supermercados e R$ 6,00 nas feiras, preços inéditos na história desse produto. Tradicional feijão de "corda", outro favorito do consumidor local, teve um aumento de 100%, passando de R$ 3,00 para R$ 6, 00 nas feiras.
Para os assalariados que se sustentam no mínimo com pouco mais de 600 reais, o valor da cesta básica está sendo engolido pela inflação. Algumas pessoas estão preocupadas com os aumentos nos custos da alimentação, porque se "continuar nesse ritmo dentro de pouco tempo o salário não vai dar nem para a cesta básica de uma família de quatro pessoas", afirmou a dona de casa Maria José dos Santos (39).
A preocupação dela se baseia na tabela do pescado e de outros importantes produtos do consumo da população pobre, considerando que a tabela do peixe no mercado pública oferecida ao consumidor está com os seguintes preços: atum: R$ 18,00, tambaqui: R$ 8,00, tilápia (cará): R$ 7,00 a menor e R$ 9,00 a grande, pesando acima de um quilo. A pescada está R$ 10,00, corvina: R$ 12,00, anchova: R$ 12,00, camarão: R$ 20,00, sururu (de Maceió): R$ 12,00, pilombeta: R$ 18,00. O comerciante Adalberto Pereira (40), que milita no comércio de pescados há mais de 10 anos, disse que os preços de alguns desses peixes divulgados poderão sofrer novos reajustes, já que aguarda a chegada de outros pedidos, que poderão ser despachados com preços majorados.


Feijão em alta

Peixes vendidos no mercado público...



...desestimulam o consumidor de baixa renda

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