AGRICULTORES DO AGRESTE ALAGOANO JÁ CONTAM COM PREJUÍZOS DA ESTIAGEM

Tempo nublado e pouca chuva não garantem condições para o início da safra  2015

Garoa de poucos minutos pode anunciar o inverno.
O clima seco em Alagoas e região nordeste já faz parte da soma de prejuízos dos produtores agrícolas locais. A categoria,  responsável pela produção, já conta com perdas significativas devido a ausência de chuvas no atual período de 2015, fato que se tornou rotina na vida do homem do campo, já bastante adaptado ao sufoco do clima semiárido regional., Arapiraca, que foi capital do fumo há cerca de 30 anos e se bate para manter uma cultura agrícola que venha a ser suporte em sua economia, está perdendo terreno para o comércio e empresariado independente que a cada dia movimenta negócios na rede bancária do município com mais intensidade e entusiasmo. Os produtores rurais e empresários da área fumageira insistem em manter o cultivo em pequenas propriedades da região, que juntas não chegam a dez mil hectares nos onze municípios que tradicionalmente fizeram da cultura do fumo a força da sua economia há quase um século.
O governo do Estado planeja voltar a financiar  o plantio de fumo na região, com apoio da rede bancária, mas muitos agricultores ainda não estão cem por cento confiantes no projeto em razão das dificuldades econômicas do país, na presente fase e devido aos fatores climáticos que estão se configurando como muito complicados face a presença do fenômeno El Niño que, por consequência, tem, como se sabe, características diferenciadas entre as regiões, que resultam em chuva escassa no Nordeste e excessiva no sul. centro oeste e sudeste, reservando forte seca para o norte.
Afora isso, a maioria dos produtores leva em conta ainda a taxa de juros (Selic),  cotada no momento (28/05) a l3,25% ao ano e a inflação, que está chegando aos 9%  ao mês.
O fumicultor Arlindo Nascimento, (45) considera que juntando todos os, fatores e acumulando as perdas com  a estiagem e os valores do preço do fumo em corda, no mercado de varejo e em grosso, os produtores vão trabalhar quase de graça, para colherem suas safras. O fumo em corda, considerado de primeira, custa entre R$ 8,00 e R$ 10,00 o quilo, valor este que vem se mantendo há mais de quatro anos, na região.

Fumo em corda "de primeira" mantém preço de quatro anos atrás e o  de segunda vale tudo.
Com o atraso das chuvas, os homens da roça estão de braços cruzados, por falta de trabalho,  porque não há possibilidade de iniciarem a safra, a não ser que contem com água de poço artesiano ou irrigação de reservatórios. Então, explica o agricultor Antônio Malaquias (51): "Sem chuva não cultivamos, nem teremos como arrecadar dinheiro para sobrevivência de nossas família. Se plantarmos fora da época, como está previsto, perderemos, 50% ou mais na colheita, tanto na produção quanto na qualidade dos produtos"  Com o mês de maio praticamente no fim,  os ruralistas deixaram de plantar, na região de Arapiraca e agreste do Estado, o fumo, que comumente começa em abril, inhame, que  inicia o plantio em janeiro e fevereiro, milho, em abril ou maio, feijão (maio), abóbora, batata doce e outros produtos.






















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