"No meu entender o ser humano tem duas saídas para  enfrentar o trágico da existência: o sonho e o riso" - Ariano Suassuna, o Cavaleiro do Sertão. 
16/06/1927 (João Pessoa - PB)
 23/07/2014 (Recife - PE)

Vida e Obra

Ariano Suassuna é, certamente, um dos grandes nomes da Literatura brasileira. Antes de ser brasileiro, o escritor, dramaturgo e poeta foi, sobretudo, nordestino, um dos maiores responsáveis por difundir a cultura da região Nordeste no país. Ariano defendeu sua identidade cultural e, com maestria, soube unir dois elementos até então díspares: o erudito e a cultura popular nordestina. Da fusão desses dois elementos, nasceu aquele que ficaria conhecido como Movimento Armorial, que incluiu diferentes tipos de arte, como música, dança, teatro e arquitetura.
Ariano Suassuna nasceu no dia 16 de junho de 1927 na então Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, capital do estado da Paraíba. Ingressou na Faculdade de Direito em 1942, um ano após a morte do pai. Nesse período, Suassuna escreveu suas primeiras peças para teatro, encenadas no Teatro do Estudante de Pernambuco, fundado por ele e por seu amigo Hermilo Borba Filho. Enquanto se dedicava às suas peças, exercia também o ofício no qual se formara, abandonando-o posteriormente, em 1957. Nesse mesmo ano, Ariano tornou-se professor dos Departamentos de História e de Teoria da Arte e Expressão Artística da Universidade Federal do Pernambuco, onde atuou como docente por 31 anos (1957-1989). Em 1995, recebeu o título de Professor Emérito da instituição.
Suassuna escreveu peças e livros de ficção. Ficou nacionalmente conhecido com a peça “Auto da Compadecida”, que ganhou uma versão para cinema em 1999

Escreveu diversas peças, entre elas “Uma mulher vestida de sol”, “Cantam as harpas de Sião”, “Os homens de barro”, “Auto de João da Cruz” e “Auto da Compadecida”, certamente a obra mais famosa de Ariano e considerada pelo teórico e crítico teatral Sábato Magaldi como o texto mais popular do moderno teatro brasileiro. Entre suas obras de ficção, figuram “Fernando e Isaura”, “Romance d'A pedra do reino e o príncipe do sangue vai-e-volta”, “As infâncias de Quaderna” e “História d' O rei degolado nas caatingas do sertão”. Considerado como integrante do movimento modernista da geração de 45, reuniu em sua obra diferentes movimentos, entre eles o simbolismo, o barroco e a literatura de cordel, uma das maiores expressões literárias do Nordeste.

Por entender a arte como uma espécie de missão, Ariano ministrava suas “aulas-espetáculo” em teatros e universidades de todo o país, quando defendia a cultura brasileira e a identidade nacional contra tudo aquilo que chamava de “lixo cultural”. O escritor faleceu aos 87 anos de idade, no dia 23 de julho de 2014, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral, em Recife, Pernambuco, deixando a esposa Zélia e seis filhos.

Site Mundo Educação


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