CARNAVAL DAS ANTIGAS

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Cordão da Bola Preta foi fundado por Álvaro Gomes de Oliveira, o “Caveirinha” (no centro, em pé), Francisco Brício Filho, o “Chico Brício”, Eugenio Ferreira, João Torres e os três irmãos Oliveira Roxo, Joel, Jair e Arquimedes Guimarães, em 1918 Acervo Bola Preta

No Brasil, desde os tempos da Colônia, às vésperas da Quaresma, os poderosos davam uma espécie de "autorização" para que o povo, do dia a dia tão sofrido, pudesse brincar um pouco. No "entrudo", que assim foi chamado na época, os escravos jogavam água e farinha uns nos outros, cantando o gostinho da liberdade. No Império, vieram os blocos do "Zé Pereira", com seus bumbos à frente de grupos fantasiados. Na Bahia, o povo negro saia com seus cordões e afoxés. No Recife, as bandas, para acompanhar os capoeiras, tocavam com rapidez, fazendo o povo "ferver": nascia o frevo. Com os automóveis, já no século XX, chegaram os desfiles de "corsos" e as escolas de samba começaram a organizar a folia em verdadeiras óperas populares, com seus enredos e milhares de figurantes.
  
1 - Desfile de carros conversíveis, os "corsos", no Rio de Janeiro.
2 - Dodô e Osmar (criadores do Trio Elétrico) subiram num Ford 1929 e em 1950 sairam tocando pela cidade de Salvador.
3 - Flagrante do Baile dos Amarrados, no Carnaval de 1945, na cidade do Recife.
4 - Irreverência nas fantasias já era marca do bloco Cordão da Bola Preta nas primeiras décadas do século XX.


Chico Alencar
Autor de "BR-500: Um Guia para Descoberta do Brasil"
                 


               

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