Na visão do estudioso de assuntos
carnavalescos, conhecido por Edilson da EBC, "A exemplo do samba, que
simboliza hoje o espírito
alegre e extrovertido do carioca, o frevo é a expressão de uma raça, atração
maior do carnaval pernambucano e relíquia coreográfica-musical do carnaval de Pernambuco.
Estudiosos do folclore e da música brasileira afirmam que o frevo – descendente
direto da marchinha, com andamento mais ativo - surgiu entre 1900 e 1911 na
modalidade rua, evoluindo anos depois, em 1930, para o estilo denominado "frevo-canção",
rico em lirismo, caracterizado pela acoplagem à trepidante arquitetura musical
de letras evocativas e saudosas. As origens do frevo se
confundem com as origens do carnaval de Pernambuco e constituem um laboratório
de pesquisas para os historiadores e interessados na própria história do
carnaval brasileiro".
O FREVO NO RIO
"Tão tradicional quanto o maracatu - este mais ligado às origens do processo afro-brasileiro da cultura negra -, o frevo marcaria presença definitiva no Rio, a partir dos anos 40, com o surgimento no cenário da Orquestra Tabajara, de Severino Araujo e, posteriormente, com o espetacular sucesso de Evolução (1956), frevo-canção de Nelson Ferreira, primeiro no gênero a furar a barreira do samba, incorporando-se à história do carnaval carioca, como uma das músicas mais cantadas e executadas de todos os tempos. As gravadoras homenagearam o ritmo efervescente do velho Nordeste através da inclusão de alguns frevos antológicos, inesquecíveis "Hits" de massa que até hoje mexem com os nervos e as emoções de nossa gente, impelindo foliões às mais arrojadas e atrevidas posturas do decantado "passo pernambucano". Um retrato musical da região geográfica de onde se descortina um passado ainda presente em nossa história. Um postal colorido do mais tradicional dos carnavais do Brasil".
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