REVOLUÇÃO FRANCESA: FIM DA MONARQUIA E SEMELHANÇAS COM O BRASIL




Uma corte que esbanjava fortunas com grandes banquetes, festas e gastos excessivamente abusivos para sustentar um aparato real de centenas de pessoas da realeza - duques, rainha, rei, princesas, príncipes, marqueses, condes e condessas, marquesas, milhares de damas de companhia, nababos e toda uma sociedade de figurões do chamado "sangue azul" (da família real), comandados por um monarca irresponsável que só sabia aumentar impostos, chamado Luis XVI e uma rainha infiel que desprezava o marido e jogava dinheiro fora que nem água, Maria Antonieta, levaram a França à miséria e a uma revolução sangrenta em 1789. As multidões enfurecidas destruiram o reinado, massacraram a realeza e instalaram um governo populista inspirado na trilogia filosófica, "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", assumido pela burguesia. A corte promovia  farras dias e noites no palácio e jardins da monarquia, chegava a ficar mais de dez dias fora do palácio caçando na floresta com um batalhão de soldados e grande número de cães. "As despesas eram tão altas que em muitas ocasiões o reinado ficava sem dinheiro até para comprar pão", como reclamavam os administradores de finanças da corte.Os revoltosos cortaram as cabeças do rei Luis XVI e da rainha, Maria Antonieta, na guilhotina. A Revolucao Francesa foi consolidada com a conhecida Queda da Bastilha, teve como lider principal Robespierre e deu origem ao poder de Napoleão Bonaparte.
Diante dos fatos que culminaram com a Revolução Francesa, parece que os políticos brasileiros gostaram do "terceiro estado", regime anti-povo francês do século XVIII e aplicam a mesma regra no Brasil, até hoje. Como aqui não tem revolução nem Bastilha para derrubar, a gente é que paga o pato.

Contexto Histórico: A França no século XVIII 

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.

A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A Revolução Francesa (14/07/1789) 

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.

A Fase do Terror 

Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.


A burguesia no poder 

Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês 

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.


Conclusão


A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.


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