Para a antropóloga da Universidade Federal de Santa Maria, grupo no Facebook que reunia mais de 1 milhão de mulheres é um fenômeno político extraordinário |
Após sofrer ataques neste fim de semana, o grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” foi retirado temporariamente do ar pelo Facebook. O grupo ganhou repercussão por reunir em poucos dias mais de 1 milhão de mulheres (além de milhares de outras solicitações aguardando aprovação) se opondo à candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência.
Administradoras do grupo afirmaram ao site Catraca Livre que o perfil de uma delas na rede social foi invadido na quinta-feira 13 e seus dados pessoais foram expostos. Outra administradora disse ter sido ameaçada via WhatsApp para que encerrasse o “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, recebendo inclusive uma mensagem com seus dados.
Durante parte do domingo 16, o grupo ficou fora do ar enquanto o Facebook analisava o que havia ocorrido. O grupo foi restaurado e devolvido às administradoras.
“O incômodo é porque sabem da potência, da possibilidade desse grupo. Dois milhões de mulheres organizadas, motivadas e discutindo são capazes de mobilizar suas mães, filhas, amigas. Imagina o impacto disso em um país com a quantidade de eleitores como o Brasil”, afirma a antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e ex-professora da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
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