MULHER QUE DECIDIR ABORTAR TERÁ CARTILHA DO GOVERNO


O Ministério da Saúde e um grupo de especialistas se reúnem segunda-feira (11) para discutir um programa de aconselhamento para  mulheres que  decidirem abortar. Formada por médicos antropólogos, juristas e cientistas sociais, a comissão vai sugerir a  formulação  de uma cartilha com orientações para que o procedimento seja feito com segurança. O material deverá conter alertas sobre sintomas que podem sugerir complicações no procedimento, como sangramento e febre. "A intenção é fecharmos o material de orientação em, no máximo, um mês", afirmou o coordenador do Grupo de Estudos Sobre o Aborto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Thomaz Gollup. A rodada de discussão terminará no fim deste  mês em São Paulo. O formato final do programa será definido pelo Ministério. A cartilha conteria, por exemplo, informações para  a mulher escolher o lugar do procedimento. "Recomendações para ela (a mulher) observar a higiene do local, pessoa encarregada do procedimento. Em suma, a pessoa  deve fugir dos serviços de fundo de quintal", observou Gollup. O grupo foi convidado para preparar um programa de redução de danos para aborto, a exemplo do que ocorre em vários países. "Não é um sistema para incentivar o aborto, mas aconselhar a mulher que já tomou  sua decisão", orientou Rosângela Talib, integrante do movimento Católicas Pelo Direito de Decidir.

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