O
trem de alta velocidade (TAV ou trem-bala) estará operando de forma plena em 2020. A previsão,
atualizada pelo secretário executivo da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT), Helio Mauro França, foi anunciada nesta quinta, enquanto o
secretário detalhava a minuta do edital da licitação para escolha da tecnologia
e do operador do veículo. O documento, ainda inacabado, ficará aberto a
sugestões ao longo de diversas audiências públicas previstas até o dia 24 de
setembro.
O trem-bala ligará os municípios do Rio de Janeiro, de São Paulo
e Campinas.
Como as tentativas de licitações anteriores – que buscaram
grupos interessados em tocar o projeto como um todo – não despertaram interesse
das empresas, o governo federal decidiu dividir o processo em duas partes: uma
para escolher os responsáveis pela fabricação dos trens e a operação do sistema
e outra para definir a empresa responsável pela construção do projeto.
O leilão deverá ser realizado em 29 de maio do ano que vem, e a
empresa ou consórcio vencedor será o que apresentar a melhor oferta, levando em
consideração a relação entre valor de outorga e valor para construção de
túneis, pontes e viadutos, além do material rodante (o próprio trem), incluindo
transferência de tecnologias, manutenção e operação do veículo. “Não estão
incluídos nessa etapa a construção de estações e a instalação de trilhos”,
informou o secretário da ANTT.
“O trem-bala estará 100% operacional já em 2020”, garantiu França. No
início do projeto, a conclusão estava prevista para a Copa de 2014, que será
disputada no Brasil. O grupo vencedor terá a concessão por 40 anos,
contados a partir da entrada do trem-bala em operação. A taxa de retorno para
os acionistas que investirem no empreendimento será 12,9%, e a taxa de retorno
interna, 6,32%.
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