Sem temer as consequências futuras de um inverno sem
chuvas definidas, com probabiliddes de prejuizos na produção e colheita
da lavoura, mais de quinze mil agricultores de 14 municípios da região
de Arapiraca, no agreste de Alagoas, não perderam tempo e se lançaram ao
trabalho do cultivo grícola com grande empolgação ao cair das primeiras
chuvas dos últimos três dias (22, 23, 24/04). Quando as chuvas começaram a cair com intensidade
na zona rural segunda-feira (22), os lavradores e suas famílias
comemoraram com grande entusiasmo o fim da seca impiedosa
cantando, dançando e rezando como forma de agradecer a Deus as graças e
poderem plantar e colher boa safra de milho, feijão, fumo, mandioca,
abacaxi, fava, amendoim, macaxeira, batata doce, tomate e outros
produtos."Com fé em Deus vamos começar o plantio e colher uma safra grande e
boa que possa nos tirar desse prejuizo terrível causado pela falta de
chuva", afirmou José Macário Santos (64 anos), que cultiva milho e
feijão em sua propiedade de vinte tarefas de terra no municpio de
Igaci. Esta é a mesma opinião de Pedro Barbosa (45 anos), que diz não
temer o futuro e acredita que o inverno pode compensar o cultivo. "Tem
que ter fé em Deus. Acreditar", diz ele, mostrando-se encorajado.
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| Milho irrigado vindo de Sergipe |
Pela pesquisa colhida junto aos agricultores, ao menos três mil
hactares de terra poderão ser utlizado no plantio na regiao do
agreste, já que grande parte dos produtores rurais cultiva pequenas
áreas de terra, consideradas "cultivo de família", que vão de dois a trinta hectares. O
ruralista Juarez Antonio Bezerra (40 anos), que cultiva uma área de 23
hectares em Arapiraca, perto da divisa com Limoeiro de Anadia, se julga a
pessoa certa na escolha da terra para exploração da lavoura de milho e
feijão, porque além de acreditar no bom inverno, ao contrário do que muita gente
pensa, a estação das chuvas chegou cedo por causa da seca. "Vai dar tudo
certo. Pode acreditar", conta Bezerra. Mesmo assim, com as chuvas recentes, os açudes continuam secos.
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