CRISE DIFICULTA VENDA DE TERRENOS E CASAS POPULARES EM ARAPIRACA

Ponto comercial à venda numa das principais avenidas da cidade. Preço: 500 mil Reais
Casa/dependência para aluguel

Casa de herdeiros no bairro Eldorado. Preço: 2 milhões de Reais



Proprietários de imóveis de Arapiraca  se consideram prejudicados nas transações de vendas de casas, terrenos e prédios comerciais por causa da atual crise econômica que afeta Alagoas e o país. O comércio imobiliário arapiraquense é disputado por inúmeras corretoras que trabalham na negociação de compra, aluguel e vendas de vários tipos de imóveis, mais precisamente de terrenos, casas, conjuntos habitacionais e projetos de engenharia diversificados. As corretoras que não trabalham com incorporadoras ou construtoras responsáveis por projetos populares, plantas de alto custo, como condomínios e conjuntos avançados para a classe média, são as mais prejudicadas pelo excesso de imóveis oferecidos pelos projetos do governo, além da crise que nos atinge..
"A AUTORIDADE FEDERAL ESTABELECEU UM CRONOGRAMA MONSTRUOSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL PARA BENEFICIAR GRANDES CONSTRUTORAS E ACABOU GERANDO UM PROBLEMA SEM PRECEDENTES NESSE RAMO DE NEGÓCIOS", afirmam os corretores, que culpam o programa "Minha Casa, Minha Vida", pelas dificuldades que arruinaram a categoria. Para eles, dezenas de casas populares construídas para a população pobre não foram vendidas e estão abandonadas, sujeitas às consequências do tempo.
O corretor Miraldo Melo, veterano no ramo de vendas e aluguel de imóveis em Arapiraca, informou que das milhares de casas à venda nesta cidade, 8% delas estão à disposição para negócio e somente 1% desse universo imobiliário acaba sendo vendido. "Está difícil para fazer negócio de imóveis hoje em dia em Arapiraca", finalizou. O engenheiro Felipe Moss revela que "os projetos de construção e financiamentos governamentais só funcionam a contento quando concluídos diretamente entre executores das obras e fontes interessadas nas negociações, sem interferência de terceiros."
                           
"MINHA CASA É UM PROBLEMA"

Os especialistas, entretanto, salientam que o mercado imobiliário passa por uma fase conturbada. Os imóveis usados cairam 50% nos preços, os proprietários querem manter os valores antigos e por isso não fazem negócio. Uma moradia em uso,de rua asfaltada, com área de 10 x 30 m de terreno, com três quartos, dois banheiros, garagem, quintal, sala de estar, cozinha, solta, dependência, piso cerâmico, muro alto, pequeno jardim, forro de lage, não é vendida por menos de R$ 300 mil nos bairros mais próximos do centro, distantes dez minutos. Nos condomínios de classe média alta, um imóvel novo nas mesmas características, construido com material sofisticado, não sai por menos de R$ 500 mil. Um terreno de 8 metros por 25 de fundo, nos bairros próximos ao centro, custa em média R$ 80 mil nos negócios à vista. Nos conjuntos populares, em locais mais distantes da cidade, a partir de três quilômetros do centro, uma casa de sete ou oito metros de frente por 20 metros de fundo sai por R$ 160 mil, com dois quartos, cozinha, um banheiro, área, forro de pvc ou gesso, água e rua pavimentada. As casas dos conjuntos do governo custam em torno de R$ 70 mil financiadas e dispõem de uma sala, banheiro, cozinha e dois quartos, financiadas para pessoas de baixa renda, pela Caixa Econômica, de acordo com os corretores ao afirmarem que as moradias do governo deviam ser "Minha Casa é um Problema", ao inves de serem "minha vida". 

































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