John Edgar Hoover, criador da polícia federal dos Estados Unidos - FBI, foi um homem que deixou exemplos para todo o mundo, por seu espírito de cidadania, combatividade e honestidade, escrevendo lições que merecem serem seguidas pelas nações que desejam um futuro de paz e felicidade para seus povos. Ele conviveu com seis presidentes ao longo de impressionantes 48 anos. À frente do Federal Bureau of Investigation, o FBI, o incansável John Edgar Hoover (1895-1972) moldou um bom pedaço dos atuais Estados Unidos. No começo se fez necessário. No final, dono de um arsenal de segredos de estado (e pessoais), era insubstituível. Para o advogado e historiador, Kenneth Ackerman, Hoover se confundiu como poucos com a própria face do império americano em seus anos formativos, desde a 1ª Guerra até até o ano bipolar da Guerra Fria. O FBI foi criado e dirigido por ele a pedido do ex-presidente Franklin Delano Roosevelt, em 1935. Só saiu do posto ao morrer. O homem de cabeça fria, robusto e forte tal qual as forças polares do Alasca, celebrado por derrotar os gangsteres da Lei Seca e vilanizado pelo ataque impiedoso a operários e defensores dos Direitos Civis, terroristas e perturbadores da ordem pública que tentavam chegar ao poder por meio do racismo, badernas e desordens urbanas e rurais. Ele recebeu também um tratamento classudo de um dos mais importantes nomes de Hollywood, o diretor Clint Eastwood, que trouxe a história da sua vida ao cinema em um filme de Leonardo DiCaprio no papel principal.
Filho da Revolução, a Vida Pela Justiça
Hoover começou no Departamento de Justiça, responsável por localizar e punir estrangeiros ilegais ou que representasse uma ameaça ao país. Logo se tornaria chefe da recém criada Divisão de Inteligência onde deu início aos seus famosos arquivos com mais de 450 mil nomes de radicais e simpatizantes vermelhos: "Hoover é um filho da revolução no sentido de que percebe imediatamente o perigo da agitação socialista e anarquista nos Estados Unidos", afirma Ackerman, autor de "Young J. Edgar And the Red Scare", 1919-1920, algo como: "Hoover e o Pânico Vermelho". Para J. Edgar Hoover, as 3 mil greves operárias e os atentados terroristas, a bomba de 1919, eram sinal de um grave perigo para o "Status quo" que estava determinado a proteger. Para o jornal New York Times, Edgar Hoover foi a autoridade mais poderosa do estado americano. Como diretor do FBI foi a mais importante autoridade americana do século XX, sem se filiar a nenhum partido, sem cargo eletivo, sem seguidores fiéis. O homem que nunca se casou nem teve filhos, ocupou a mesma sala em Washington (capital do país) durante toda a sua carreira e era considerado "A Face da América". Hoover fez da justiça a sua vida. Moveu uma campanha implacável contra dezenas de profissionais, artistas do cinema e TV, operários e todos que tentavam levantes contra o governo, inclusive o famoso Charles Chaplin (cineasta) e por fim acabou com a epidemia de violência no país liderada pelo banditismo chefiado por Joseph Bonanno, Albert Anastasia, Frank Costelo, Al Capone, Carlo Gambino, John Gotti, John Dillinger, Machine Gun Kelly, Lucky Luciano e outros que eram tidos como verdadeiras lendas-vivas.
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