PEQUENO DICIONÁRIO BRASILEIRO DE LÍNGUA MORTA LEMBRA PALAVRAS EM DESUSO



Língua morta ou palavra em desuso pode ser uma questão de opinião, que cada um interpreta como deseja. Para mim as palavras não morrem. Deixam de ser menos pronunciadas ou um tanto esquecidas, mas continuam vivas...e bem vivas! No meu modo de ver. Por exemplo, um amigo meu, falecido recentemente, em tom de brincadeira, já que era um grande piadista, costumava criar apelido dos mais diversos para os amigos. Tanto que ele mesmo dizia se chamar Bilinganga (seu nome era José (Zé) Pedro). Para mim, deu o apelido de João Mucher e dai por diante. Cada pessoa forma seu círculo de amizades com gírias, brincadeiras folclóricas, divertimentos e passatempo dos mais variados como jeitos de viver seu dia a dia mais humorado.
Mas para o jornalista Alberto Villas (62 anos), ex-integrante do jornal O Estado de São Paulo, o estudo da palavra é um pouco diferente. Em seu livro com o Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Morta, lançado recentemente, ele diz que se a língua é viva, como afirmam os professores de português, Lexicográficos e Linguistas, ela(a língua) também morre. E a gente festeja como se os atos fúnebres fossem uma grande piada, relembrando o que se dizia na época do guaraná de rolha. Este é o tom do pequeno dicionário da Língua Morta de Alberto Villa, que ganhou o autoexplicativo subtítulo “Palavras que Sumiram do Mapa”.
São palavras e expressões que envelheceram e foram substituídas por expressões (Mixórdia, que o autor explica como equivalente a: está uma zona).
Expressões que caíram em desuso e hoje tem o significado resumido a uma palavra (lamber sabão, virou dane-se!). Veja se você lembra do significado dessas frases ou expressões: Ato de Mixar, Grande Bagunça, Zombaria, Drible de Futebol, Inflamação ou Manchas da Pele. O autor afirma que uma gíria se torna universal e o uso irrestrito de frutas como metáfora, algo que era bem mais comum antes, como descascar um abacaxi, enfiar o pé na jaca etc.
Essas palavras ou frases que caíram em desuso são como objetos antigos ou produtos de uso pessoal que a gente nunca esquece, mas passou a falar menos, como por exemplo, o cigarro Astoria, o ASA, o Continental, a aguardente Chora na Rampa, a cachaça Galo Negro, a Serra Grande, Azuladinha, o rádio de pilha, que funcionava com bateria de carro e outros tantos exemplos. Cabe ao leitor julgar se a palavra morre ou apenas esta esquecida.

2 comentários:

  1. Eu acho que as palavras não morreu, apenas ficam esquecidas ou mesmo em desuso, como ex: Liso siginificava sem dinheiro, hoje é apenas duro.

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  2. Obrigado,amigão, por sua presença neste espaço que também é seu.
    Conto sempre contigo. Um abração.

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