O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) promete fechar rodovias em 1,8 mil municípios de todo o país nesta quarta-feira (17) para cobrar da presidente Dilma Rousseff
um plano emergencial de assentamentos para 150 mil famílias. Desde o
início de abril, integrantes do MST invadem fazendas e fazem protestos
em nove estados. Nesta terça-feira (16), os militantes invadiram as
sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
e da Receita Federal em Porto Alegre (RS), ocuparam o Canal do
Trabalhador, no Ceará, e fecharam estradas no interior de São Paulo e no
Mato Grosso do Sul.
A jornada conhecida como "abril vermelho" lembra também os 21
sem-terra mortos em confronto com a Polícia Militar em Eldorado dos
Carajás (PA), em 1996. De acordo com Rosana Fernandes, da coordenação
nacional, a reforma agrária não avançou no governo Dilma. "Queremos com a
jornada colocar a reforma agrária em pauta e pressionar o governo para
fazer a desapropriação de terras." De acordo com números do MST, há 523
processos judiciais envolvendo a reforma agrária no Brasil, dos quais
234 estão parados na Justiça Federal.
No Estado de Pernambuco, cinco
fazendas foram invadidas desde domingo. Os sem-terra mantêm invadido o
prédio da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) em
Brasília. Militantes fizeram marchas e protestos também no Rio de
Janeiro, Bahia, Alagoas, Paraíba e Pará.
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