II GUERRA MUNDIAL: KURSK, A BATALHA DO FIM DO MUNDO

Qualquer pessoa da nossa geração, ou mesmo em épocas anteriores, pode ter tido até boa noção fundamentada em pesquisas e estudos posteriores relacionados à hecatombe da tragédia sem precedentes que foi a II Guerra Mundial, o maior terror da história do mundo que sacudiu o planeta entre 1939 a 1945.
Alguém pode até não acreditar, mas o aterrorizante período dos anos da guerra teve origem no trágico e animalesco ódio mortal de um insano chamado Adolf Hitler, que passou a ser chamado "Führer" (chefe) em toda a Europa. Ele despejou todo o seu veneno contra as potências europeias da época como vingança pela humilhante derrota da Alemanha na I Guerra Mundial, em 1917. Adolf nasceu na região austríaca de Braunau am Inn em 20 de abril de 1889 e cometeu suicídio em 30 de abril de 1945, após se casar com Eva Braun, sua amante. Alois, pai de Hitler, era funcionário da alfândega alemã e se casou pela terceira vez com a sobrinha Klara Pölz. Para se firmar na política alemã e atingir seus objetivos militares, fundou o Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores - NSDAP, o Partido Nazista, em 1921. Em 1934 assumiu o poder absoluto das forças armadas da Alemanha e entrou para a história como o maior  genocida de todos os tempos, responsável pela morte de milhões de soldados e civis - as grandes vítimas da guerra e da massacrante política de pureza racial e de opressão ao mergulhar o mundo na guerra total que, embora sem estatísticas reais, deixou saldos terríveis de 80 a 100 milhões de mortos, cerca de 70 milhões de inválidos e mais de 50 milhões de viúvas e órfãos em todo o mundo.
Dentre essa dramática tragédia dos anos de sangue, de 1939 a 1945, jamais houve na vida da humanidade uma batalha tão cruel, sanguinolenta e tão desonrosa como a chamada Batalha de Kursk que se seguiu entre 5 e 13 de julho de 1943 e que seria a maior operação de envolvimento militar da história. Essa batalha foi travada entre tropas russas e alemães, na qual foram cercados dois milhões de soldados e predominantemente se sobressaiu por combates de tanques. Terrivelmente violenta, foi decidida pelo confronto entre os tanques, ocasião em que o modelo T-34 russo consolidou sua fama, com seu canhão de 76,2 mm. Como se tratou de uma luta predominante de blindados, envolvendo máquinas militares modernas, a  violência não poderia ser menor porque foi no município de Kursk que e decidiu o rumo da guerra.
Apesar de tudo, conforme os estrategistas militares, "a batalha não está entre as mais conhecidas pelo público mais familiarizado a outros combates da Segunda Guerra Mundial, mas para muitos especialistas em história militar, em Kursk (Rússia) se travou o confronto decisivo da guerra".
                                       
PODER MILITAR

A batalha de Kursk durou poucos dias e desenvolveu-se em um cenário relativamente pequeno em relação à gigantesca escala geográfica das batalhas travadas na frente oriental. Na análise do confronto, em si, não se pode identificar claramente vencido nem vencedor. Com certeza, conforme fontes militares, "Kursk foi a maior batalha de tanques da história onde se registrou um gigantesco choque entre forças blindadas da Alemanha e Rússia, antiga União Soviética. Na batalha, a Wehrmacht (exército alemão) empregou um poder militar nunca antes dedicado a um espaço tão pequeno. Usou seus melhores combatentes: os melhores generais e os melhores soldados.
Embora a batalha de Kursk seja conhecida como um embate titânico entre tanques e  também tenha sido denominada a "Batalha do Fim do Mundo",os combates entre os pilotos de caça (aviões de bombardeio) não foram menos espetaculares. Foram empregadas várias divisões de infantaria leves e de blindados como o tanque Panzer alemão. A maior parte do pode militar alemão se concentrou na frente oriental, assim distribuída: o Grupo de Exércitos do Norte contava com 33 divisões de infantaria (uma delas era a Divisão Azul espanhola), 10 divisões de infantaria leve, uma de treinamento de recrutas, 3 de segurança para enfrentar guerrilheiros. No outro extremo da frente, o Grupo de Exércitos 'A' posicionado na península da Crimeia. Havia ainda o Grupo de Exércitos do Sul e do Centro com oito divisões de tanques Panzer, três divisões de granadeiros blindados, 60 divisões de infantaria, 4 de infantaria leve, 4 de segurança e 2 de instrução,  além de tropas húngaras. O Grupo Sul contava com  12 divisões de tanques Panzer, 1 divisão de granadeiros blindados, 27 divisões de infantaria, 2 de infantaria leve, 3 de segurança e um reforço de tropas romenas.O general Heinz Guderian comandava as tropas Panzer e o marechal Erich von Manstein estava à frente das tropas de assalto da infantaria. O marechal Walter Model chefiava o Grupo de Exércitos do Norte.
Na batalha de Kursk, os alemães disseram que tiveram 50 mil baixas, entre mortos, feridos e prisioneiros, assim como perderam 200 aviões destruídos e 248 tanques. Os alemães afirmaram que mataram 180 mil russos, destruíram 1.600 tanques e derrubaram mil aviões adversários. As informações dos alemães foram contestadas pelas autoridades russas e asseguram que mataram 500 mil soldados de Hitler, destruíram 900 tanques e derrubaram 3 mil aviões nazistas.

 


  NOTA:  Cada divisão do exército alemão era composta por cerca de 17 mil homens.
Fontes consultadas: Wikipédia e História da II Guerra Mundial / Editora Abril


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